sábado, 30 de junho de 2012

Outrora apaixonada!



Antes que eu surte de vez, ou que assim seja catalogada, eu queria dizer que meu sentimento por ti não nasceu hoje ou tão pouco agora.

Eu te observei, achei defeitos e tentei ver que não era o que eu queria....

Tempos passaram e me deparei contigo novamente, de repente, numa versão que defeitos fisicos e aparentes já não visíveis me deixaram confusa ... e fraca... vulnerável....

Pelo charme, que hoje sei que eh seu atrativo barato, me deixei levar.... 

Sem que soubesse que tudo que disse e que a maneira que agiu lhe era tão natural e cotidiana, independente do ser humano sentado a sua frente, eu me encantei....

Porém, achei que tudo estava no total controle, assim segui, imaginei, pensei, me enquadrei em situações daquelas só vistas por mulheres apaixonadas, achei que louca estava e ignorei.....achei na verdade que estava no controle.

De repente, numa madrugada, qualquer.... ou numas madrugadas especificas que poderiam ter sido as melhores, me senti tao insegura e vulnerável que sonhei acordada te perdendo...

Tentei dizer isso de diversas maneiras diferentes...no mais lindo e encantador cenário, mas.... sua incompreensão se fez perfeita, ou calou a perfeição surda compreensão.

Tentei dizer isso a mim mesma, mas ignorei e tentando me fazer forte cometi erros quais subscrevo cada vez que lembro....e me afastei... não te ti, mas do teu corpo, teu cheiro, tua pele e a sede em mim que me faz incontrolavelmente tua....

Incontrolavelmente mesmo, pois na racionalidade da vida, vc nao me cabe, nao me preenche, nao me complementa e nem traz o melhor de mim.... mas alguém, algum dia me disse que a paixao é surreal.....e hoje vejo que não foi mentira....todo esse mundo que na verdade não deveras ser meu, nem pra mim, tem seu espaço em cada momento pensado meu....

Enfim, tentei passar com todo esse sentimento despercebida, mas minha vida percebeu que era demais pra mim, que mesmo tentando ser apenas sua amiga, lhe fazer bem, lhe impulsionar para algo bom, meu eu, era fraco demais pra ignorar a própria ignorância do seu sentimento ao meu sentimento e passei a observar que sofro demais pra lhe manter por perto, mesmo que o desejo ardente do seu sucesso seja almejante em minha alma e eu queira aplaudir seu caminhar.

E antes que eu surte de vez e seja catalogada como louca, insana ou dessas que de repente ninguem sabe explicar o que aconteceu, eu vou fugir, me esconder, eu vou ter que correr....Correr de você, da amizade sincera que tenho por você, do amor que tenho por você e da sede que tenho por cada pedaço seu....

E sim, eu me acovardei mais uma vez para os sentimentos que me dominam, mas sei que nao vale lutar quando o sentimento de outrem jamais lhe cruzou o olhar.
Eu te amei, e digo no passado, pois quando lhe cair a ficha disso, nada vai mudar, apenas o desejo ardente que me será presente de conjugar o passado do verbo amar.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Por dentro de mim!!!: Eu não sei dizer adeus!

Por dentro de mim!!!: Eu não sei dizer adeus!: Normalmente eu passo a amar aqueles que ultrapassam a minha "barreira pessoal" e fazem parte das minhas seletas paixões....amo de ver...

Eu não sei dizer adeus!



Normalmente eu passo a amar aqueles que ultrapassam a minha "barreira pessoal" e fazem parte das minhas seletas paixões....amo de verdade e não falo aqui de amores carnais, mas de todos meus amores: amantes e amigos.
Sou dessas que chama de amor, fofucho, lindo, linda, gata, razão da minha vida....
Sou de abraçar, beijar, andar na cacunda, mandar mensagem de bom dia, boa tarde, boa noite, feliz Páscoa, Natal e réveillon...
Sou de bilhetes encantadores, presentes inesperados, recado na agenda, ligações só pra dizer: olá!
Sou ouvinte, faladeira, conselheira e critica, muito critica...
Sou amiga, sou amante, birrenta e interessante...
Entendo bem de algumas coisas e de muitas outras não entendo quase nada, mas faço questão de dar meu pitaco, perguntar: o que? pra que? e porque?, só pra me fazer presente.
Sou das que somem sem remarcar a volta, mas isso por que tenho a certeza do sentimento e do retorno;
Sou da vida, da alegria de viver, do positivismo e da energia que envolve os seres ao meu redor.
Sou dessas que quando abre o coração não imagina alguém não ser capaz da cumplicidade e reciprocidade.
Sou do oi, do tchau, do até logo, mas jamais do adeus.
O "adeus", esta palavra infame, cuja a relação está diretamente ligada ao "nunca mais" não me pertence e tão pouco me faz falta....
Não sei dizer adeus!
Tenho medo da palavra desencadear na profundidade do seu significado e me roubar até memória do que, com ela, deixa de existir.
Tenho medo de pronunciá-la e virar as costas.... tenho medo de olhar pra trás e sofrer ou de olhar e nada mais voltar a ver.
Eu não consigo entender a razão de alguém ter inventado uma palavra tão rude.
Entendo que em alguns momentos da vida, é necessário renovar, reciclar, recomeçar..... mas temos mesmo que desvincular de algo que acreditamos e pronunciar a sua inexistência mesmo sabendo que não sumirá assim?
Nenhum sentimento seja por mera despedida, briga ou morte, deixará de existir em mim porque um adeus existe para o mundo.
A palavra "adeus" vem com a ilusão do poder de desligamento como se fosse automaticamente resolver, findar, toda a história vivida.
Um adeus é sepultamento parcial do ser em si, do meu ser; esteja este ligado a morte física ou não. 
Dizer adeus, é sepultar ligações da alma, da alegria, do coração, que daí então, será administrado aos trancos e barrancos, podendo não sobreviver....
Penso não ser possível sair inteiro de um diálogo conclusivo de um adeus.
Meu rancor e desespero com tal palavra vem da necessidade e covardia que me assombra ao fazer neste meu presente, uma análise racional do meu viver....
Eu preciso dizer alguns adeus neste momento e, incrivelmente venho me acovardando diariamente, alternando entre um dia sem sol e outro nublado, como se estivéssemos apenas no outono....mas vai ter que dar, vai ter que ser assim, não sei qual e por quanto tempo dura a consequência do "passar por cima", mas é o que vou fazer.... passar por cima desta necessidade do adeus e almejar que numa manhã dessas qualquer, todo este meu "eu" doado a outrem, tenha o valor merecido à parcela desta doação.
Talvez tal consequência sejam dias piores, mais sombrios, mais frios talvez.... bem, eu sou capaz de suportar o inverno que está por vir, afinal, sei que durará pouco até que as flores voltem a desabrochar, mas sou incapaz de suportar uma dor infinda ocasionada pela drástica ruptura de um adeus com o gosto irônico do "até nunca mais"...
Não, sem essa, já falei, sou incapaz, portanto, sem "adeus"por hoje!!!